Depois da recepção frutuosa dos sacramentos, a adoração a Jesus Cristo no Sacramento da Eucaristia ocupa o primeiro lugar entre todas as práticas de devoção, e a alma cristã deve dedicar-se com grande zelo a essa devoção: “Provai e vede quão suave é o Senhor” (Sl 33,9).
O tempo que passamos diante do Santíssimo Sacramento nos traz imensas vantagens para a vida e a mais completa consolação na hora da morte: “Aproveitamos mais com um quarto de hora em oração mental diante do Santíssimo Sacramento do que com todos os exercícios de piedade o dia inteiro” (Santo Afonso).
Esta é uma devoção eminentemente santa, extraordinariamente proveitosa, sumamente consoladora.
Eminentemente santa. A fé nos ensina que a hóstia consagrada contém realmente, verdadeiramente e substancialmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo, sob as espécies aparentes do pão e do vinho. O Rei dos reis mora entre nós no Santíssimo Sacramento e declara que encontra “suas delícias no meio dos filhos dos homens” (Pv 8,31). Não quis deixar-nos sós, depois de completar a obra da redenção do mundo, neste vale de lágrimas. Na véspera de sua Paixão, tendo amado os seus, amou-os até o fim. Tomou o pão e deu graças, e o partiu e o deu a seus discípulos dizendo: “Tomai, todos, e comei: Isto é o meu corpo, que será entregue por vós” (Mt 26,26).
Extraordinariamente proveitosa. Deus atende aos que o invocam, conforme suas promessas: “Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e vos será aberto” (Mt 7,7). Contudo, ele distribui mais largamente suas graças a quem o visita no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Se, pois, desejamos alcançar alguma graça, devemos dirigir-nos confiadamente a Jesus Cristo nesse Sacramento: “Quem tem sede venha a mim e beba” (Jo 7,37); “Vós tirareis com gosto águas da fonte do Salvador” (Is 12,3). Se nós, em todos os nossos sofrimentos, recorrêssemos ao Santíssimo Sacramento, não seríamos tão miseráveis como somos! Diz-nos Zacarias: “Naquele dia jorrará uma fonte para a casa de Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará os seus pecados e suas impurezas. ” (Zc 13,1). Jesus é essa fonte aberta a todos e na qual tantas vezes quisermos podemos lavar nossas almas de todas as manchas do pecado que contraímos todos os dias. São Francisco de Assis comunicava imediatamente a seu Salvador oculto no Santíssimo Sacramento todo o sofrimento que tinha que suportar.
Sumamente consoladora. As almas que amam deveras a Jesus Cristo não podem imaginar aqui na terra um céu mais belo do que a residência de Jesus no Santíssimo Sacramento, onde ele está continuamente presente por amor de cada um que o procura!
Frei Osman Neves Sande
Revista Mensageiro de Santa Teresinha do Menino Jesus
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